Por Douglas Deiró
(Publicado, originalmente, na edição 388 do Jornal da Cidade de 03/06/2015)
No princípio, Deus olhou para o local onde seria,
no futuro, Cubatão e disse: “Desta terra, sairá muitos campeões”.
Esta pessoa que
vos escreve não faz a mínima idéia se isto, realmente, aconteceu. Mas, a julgar
pelo número de atletas cubatenses que aqui despontam, não acharia nada
estranho. Mais uma prova disto foi que, o jovem cubatense Victor Santos, de 16
anos, sagrou-se vice-campeão mundial de Jiu-Jitsu no último dia 30/05, em
campeonato disputado em Long Beach, Califórnia, Estados Unidos. Lutando pela
categoria Juvenil 2, Faixa Azul, até 84 kg, o atleta integra a Academia Luiz Nunes/Zenith.
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Victor Santos e
seu professor Luiz Nunes (Crédito: Douglas
Deiró).
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“Foi importante
porque pude conhecer outra cultura, pessoas novas e estilos diferentes de
treinamento. Foi legal para comparar também pois, o Brasil, é a principal
referência no Jiu-Jitsu e todos os demais correm atrás de nós. Tanto é que, a
maioria dos campões, são brasileiros”. Completou dizendo que, o tempo esteve nos
Estados Unidos, cerca de dez dias, foram em Las Vegas, realizando treinos
específicos na Academia Zenith, parceira da academia cubatense. Salientou ainda
o apoio de todo o grupo, em especial, dos proprietários, os brasileiros Robert
Drysdale e Rodrigo Cavaca.
Morador da Ilha
Caraguatá, iniciou no Jiu-Jitsu aos 10 anos de idade, pelas mãos do professor
Luiz Nunes. Seu objetivo imediato é treinar muito para vencer no esporte. “É como sempre falo, a primeira coisa que o lutador
precisa ter, é um bom psicológico... e isto, o Victor tem. Mesmo sendo sua
primeira experiência em uma competição deste porte, se saiu muito bem. Em uma
final, se vai vencer ou ganhar é, justamente, consequência de todas as etapas
anteriores. O segundo lugar foi maravilhoso. Se o primeiro não veio, logo virá
pois, ele é novo e tem muito caminho pela frente. Confio que isto irá
acontecer”, comentou o professor.
A batalha começou
antes mesmo de ir para os Estados Unidos, devido ao custo elevado. Foram
realizadas rifas, bem como, ajuda de comerciantes e empresários locais para
viabilizar a viagem: “Não há um patrocínio fechado, de fato. São ajudas que vem
no decorrer do ano, de amigos que sempre nos apóiam, como o Sérgio Calçados, o
Veterinário Anderson de Lana, o Rodrigo Kanashiro, sem esquecer o adote por
parte da Semes. Somos muito gratos à todos, também, aos
demais alunos que se voluntariam para ajudar nos treinos e preparação. São
coisas que nos motiva ainda mais para seguir em frente”, explicou Nunes.
Os próximos
desafios já estão definidos, informou o Victor. Neste mês haverá o Campeonato
Sulamericano e, em julho, o Campeonato Mundial, ambos organizados pela
Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE), a serem realizados no
Ibirapuera, em São Paulo (a data ainda será definida).
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