domingo, 14 de junho de 2015

Victor Santos é vice-campeão mundial de Jiu-Jitsu, nos Estados Unidos

Por Douglas Deiró 
(Publicado, originalmente, na edição 388 do Jornal da Cidade de 03/06/2015)


No princípio, Deus olhou para o local onde seria, no futuro, Cubatão e disse: “Desta terra, sairá muitos campeões”.

Esta pessoa que vos escreve não faz a mínima idéia se isto, realmente, aconteceu. Mas, a julgar pelo número de atletas cubatenses que aqui despontam, não acharia nada estranho. Mais uma prova disto foi que, o jovem cubatense Victor Santos, de 16 anos, sagrou-se vice-campeão mundial de Jiu-Jitsu no último dia 30/05, em campeonato disputado em Long Beach, Califórnia, Estados Unidos. Lutando pela categoria Juvenil 2, Faixa Azul, até 84 kg, o atleta integra a Academia Luiz Nunes/Zenith.

Victor Santos e seu professor Luiz Nunes (Crédito: Douglas Deiró).
O campeonato, organizado pela International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF), reuniu a nata da modalidade. Na primeira luta, enfrentou um russo, e venceu por finalização. Na disputa do título, perdeu por pontos para o também brasileiro Kaynan Casemiro, do Interior de São Paulo: “Só havia casca-grossa... não teve moleza, não”, comentou o atleta.
“Foi importante porque pude conhecer outra cultura, pessoas novas e estilos diferentes de treinamento. Foi legal para comparar também pois, o Brasil, é a principal referência no Jiu-Jitsu e todos os demais correm atrás de nós. Tanto é que, a maioria dos campões, são brasileiros”. Completou dizendo que, o tempo esteve nos Estados Unidos, cerca de dez dias, foram em Las Vegas, realizando treinos específicos na Academia Zenith, parceira da academia cubatense. Salientou ainda o apoio de todo o grupo, em especial, dos proprietários, os brasileiros Robert Drysdale e Rodrigo Cavaca.
Morador da Ilha Caraguatá, iniciou no Jiu-Jitsu aos 10 anos de idade, pelas mãos do professor Luiz Nunes. Seu objetivo imediato é treinar muito para vencer no esporte. “É como sempre falo, a primeira coisa que o lutador precisa ter, é um bom psicológico... e isto, o Victor tem. Mesmo sendo sua primeira experiência em uma competição deste porte, se saiu muito bem. Em uma final, se vai vencer ou ganhar é, justamente, consequência de todas as etapas anteriores. O segundo lugar foi maravilhoso. Se o primeiro não veio, logo virá pois, ele é novo e tem muito caminho pela frente. Confio que isto irá acontecer”, comentou o professor.
A batalha começou antes mesmo de ir para os Estados Unidos, devido ao custo elevado. Foram realizadas rifas, bem como, ajuda de comerciantes e empresários locais para viabilizar a viagem: “Não há um patrocínio fechado, de fato. São ajudas que vem no decorrer do ano, de amigos que sempre nos apóiam, como o Sérgio Calçados, o Veterinário Anderson de Lana, o Rodrigo Kanashiro, sem esquecer o adote por parte da Semes. Somos muito gratos à todos, também, aos demais alunos que se voluntariam para ajudar nos treinos e preparação. São coisas que nos motiva ainda mais para seguir em frente”, explicou Nunes.

Os próximos desafios já estão definidos, informou o Victor. Neste mês haverá o Campeonato Sulamericano e, em julho, o Campeonato Mundial, ambos organizados pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE), a serem realizados no Ibirapuera, em São Paulo (a data ainda será definida).

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