Por Douglas Deiró
(Texto, originalmente publicado, no Jornal da Cidade em 20/09/2013)
No passado, o futebol sempre teve muita importância em Cubatão. Várias agremiações fizeram história nos campeonatos até então tradicionais e que movimentavam a cidade inteira. A “Paixão Nacional”, de fato, se fazia sentir.
Quem
aniversariou este mês de setembro foi o Grêmio São Manoel, que completou no
último dia 1º, 50 anos de atividade. Aquinoel Simões Duarte (fundador) e Cyro
Calixto dos Santos (o atual presidente) nos deram entrevista e nos contaram
parte da história do clube.
Fundado
em 1963, originou-se da Bicicletaria São Manoel, que se localizava atrás de
onde é hoje o supermercado Dia, próximo à Avenida Nove de Abril. Lá, os amigos
se reuniam e, logo no primeiro jogo, um fato curioso ocorreu: o time que
enfrentaram era do Jardim São Manoel, bairro de Santos que faz divisa com
Cubatão. Ou seja, por coincidência, time e local de disputa tinham o mesmo
nome.
As
cores são o amarelo, vermelho e branco. O presidente contou que elas foram
escolhidas por acaso, já que constavam no uniforme recém comprado, no melhor
estilo “É o que tem para hoje”. “Fizemos uma vaquinha e nosso amigo Zelão
apareceu com estas camisas e acabamos adotando as cores. No fim, gostamos porque
a combinação é bem chamativa e bonita. Não são muito comuns e é um diferencial
interessante”.
Como
todo bom time, possui títulos. Em 1972 e 1974, foi campeão da Taça Cidade de
Cubatão, vencendo nomes consagrados como o Comercial, Bandeirante ou E.C.
Cubatão: “Era uma época que o futebol era forte. Para se ter uma idéia, o
prefeito entregava a taça ao campeão no dia do aniversário de Cubatão (9 de
abril), quando tinha a decisão da Taça”, afirmou Duarte.
Algo
lembrado por ambos, foi quando iam para Paranapiacaba, onde sempre aconteciam situações
inusitadas: “Lá tinha muita serração e, era tão forte, que não enxergávamos
absolutamente nada... parecia uma cortina. Haviam dois campos, o da Rede
Ferroviária e um outro mais modesto, conhecido como Caixa de Fumaça. Este
último, ficava atrás do cemitério e, bastava a bola cair lá dentro, que não
tinha mais jogo porque ninguém tinha coragem de ir lá pegar” (Aquinoel). “São
histórias tão bacanas que, só de lembrá-las, dou risada novamente” (Cyro).
Além
do futebol, realizam trabalhos beneficentes como ocorrido durante da festa de
aniversário do Grêmio, realizada em 7 de setembro. Foram arrecadas cerca de 350
pacotes de fraudas geriátricas que serão doadas à instituições de caridade.
“Fazemos isto também para ex-atletas e pessoas em geral que precisam. Para nós,
não é nada de mais ajudar o próximo. Pode parece pouca coisa para alguns, mas
para quem precisa, é muito”, concluiu o presidente.
Aquinoel
e Cyro, respectivamente, o fundador e o atual presidente do Grêmio São Manoel. (Crédito: Douglas Deiró)
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