terça-feira, 24 de setembro de 2013

Grêmio São Manoel – 50 anos de amor ao futebol

Por Douglas Deiró

(Texto, originalmente publicado, no Jornal da Cidade em 20/09/2013)

No passado, o futebol sempre teve muita importância em Cubatão. Várias agremiações fizeram história nos campeonatos até então tradicionais e que movimentavam a cidade inteira. A “Paixão Nacional”, de fato, se fazia sentir. 
Quem aniversariou este mês de setembro foi o Grêmio São Manoel, que completou no último dia 1º, 50 anos de atividade. Aquinoel Simões Duarte (fundador) e Cyro Calixto dos Santos (o atual presidente) nos deram entrevista e nos contaram parte da história do clube.
Fundado em 1963, originou-se da Bicicletaria São Manoel, que se localizava atrás de onde é hoje o supermercado Dia, próximo à Avenida Nove de Abril. Lá, os amigos se reuniam e, logo no primeiro jogo, um fato curioso ocorreu: o time que enfrentaram era do Jardim São Manoel, bairro de Santos que faz divisa com Cubatão. Ou seja, por coincidência, time e local de disputa tinham o mesmo nome.
As cores são o amarelo, vermelho e branco. O presidente contou que elas foram escolhidas por acaso, já que constavam no uniforme recém comprado, no melhor estilo “É o que tem para hoje”. “Fizemos uma vaquinha e nosso amigo Zelão apareceu com estas camisas e acabamos adotando as cores. No fim, gostamos porque a combinação é bem chamativa e bonita. Não são muito comuns e é um diferencial interessante”.
Como todo bom time, possui títulos. Em 1972 e 1974, foi campeão da Taça Cidade de Cubatão, vencendo nomes consagrados como o Comercial, Bandeirante ou E.C. Cubatão: “Era uma época que o futebol era forte. Para se ter uma idéia, o prefeito entregava a taça ao campeão no dia do aniversário de Cubatão (9 de abril), quando tinha a decisão da Taça”, afirmou Duarte.
Algo lembrado por ambos, foi quando iam para Paranapiacaba, onde sempre aconteciam situações inusitadas: “Lá tinha muita serração e, era tão forte, que não enxergávamos absolutamente nada... parecia uma cortina. Haviam dois campos, o da Rede Ferroviária e um outro mais modesto, conhecido como Caixa de Fumaça. Este último, ficava atrás do cemitério e, bastava a bola cair lá dentro, que não tinha mais jogo porque ninguém tinha coragem de ir lá pegar” (Aquinoel). “São histórias tão bacanas que, só de lembrá-las, dou risada novamente” (Cyro).
Além do futebol, realizam trabalhos beneficentes como ocorrido durante da festa de aniversário do Grêmio, realizada em 7 de setembro. Foram arrecadas cerca de 350 pacotes de fraudas geriátricas que serão doadas à instituições de caridade. “Fazemos isto também para ex-atletas e pessoas em geral que precisam. Para nós, não é nada de mais ajudar o próximo. Pode parece pouca coisa para alguns, mas para quem precisa, é muito”, concluiu o presidente.

Aquinoel e Cyro, respectivamente, o fundador e o atual presidente do Grêmio São Manoel. (Crédito: Douglas Deiró)
 

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