Giovanna Freitas – Futuro promissor no Hipismo nacional

Por Douglas Deiró 
(Publicado, originalmente, no Jornal da Cidade de 23/05/14)

A cubatense Giovanna Lara de Freitas (de 13 anos), é mais um dos talentos esportivos que despontam em nossa cidade. Praticante do Hipismo desde seus 7 anos de idade, não pode ser mais considerada como uma promessa, mas sim, uma realidade.
São vários os seus resultados expressivos, entre eles, encontra-se a Terceira Colocação no Campeonato Sul-Americano, disputado na Colômbia ano passado, competição que envolveu 16 países. Possui também um Vice-Campeonato no Brasileiro por Equipes, no ano passado; um Segundo Lugar no Concurso Nacional de Saltos, realizado em Campinas neste ano além de ser Bicampeã Paulista por Equipes (2013 e 2014).

Giovanna Lara de Freitas já pode ser considerada uma realidade no Hipismo. (Crédito: Acervo Pessoal)

Perguntada como o esporte surgiu em sua vida, Giovanna respondeu que sempre gostou de cavalos. Um dia, ao passar por uma hípica localizada no Morro da Nova Cintra, em Santos, demonstrou interesse e logo começou à treinar.
Não seria difícil encontrar pessoas que se intimidariam ante à um cavalo, animal grande e imponente. Questionada se já havia sentido medo - não só em montar um, como realizar saltos - falou nunca ter tido receio algum. Entretanto, com os pais, o “papo é outro”: “Não tem como os pais não sentirem medo. Ela está saltando obstáculos de 1,20m em provas e, nos treinos, são ainda maiores, de até 1,60m”, comentou Adriana Freitas, a mãe da amazona.
Ela seguiu dizendo que o desempenho da filha chamou a atenção dos especialistas quando, em torneios de Avaliação Subjetiva, todo o conjunto apresentado se mostrou muito promissor. São provas onde são levadas em conta as qualidades que um cavaleiro ou amazona devem ter. “Geralmente, não há limite de idade nestas avaliações e ela ficou em primeiro lugar em uma delas, título muito valioso em nossa opinião por ser disputado, também, por adultos e ela ser tão nova”. Atualmente, Giovanna treina hípica Quality Horses, em Embu das Artes, de propriedade do cavaleiro profissional Yuri Mansur.
O hipismo não é um esporte barato, nem tão popular como outros como o futebol, onde suas práticas são amplamente difundidas. Consequentemente, os custos podem ser altos. Indagadas se recebem apoio, a mãe respondeu: “Todos os dias, subimos a serra e há gastos com gasolina, pedágio... é muita coisa. A Giovanna tem como patrocínio principal a Bandeirantes Logística Integrada. Além deste, há a CCIC do Brasil; a SEMES (Secretaria Municipal de Esportes de Cubatão); o Liceu São Paulo, que é onde ela estuda e oferecem desconto; e a Fitness e Fashion... são apoiadores que, sem eles, seria muito difícil seguir em frente”.
A rotina da jovem é puxada, mas tem encarado todos seus compromissos com a mesma vontade e determinação com que participa de competições. Ela estuda de manhã, treina de tarde e, à noite, tem aulas de inglês: “É o que gosto de fazer e, por isto, não é nenhum sacrifício”, disse.
Planos para o futuro? Giovanna revelou seu sonho de ir morar na Bélgica, país que é uma das referências na modalidade: “Na Europa, tudo é mais desenvolvido comparado ao Brasil, quando se fala em Hipismo. Por isto, quero ir para lá. Quero continuar treinando, competindo e crescendo cada vez mais. É o que me vejo fazendo no futuro”. Enquanto o sonho europeu não se realiza, os seus próximos compromissos são o Campeonato Brasileiro - agora no mês de junho, na cidade de Joinville (Santa Catarina) - e o Sul-Americano no Chile, no mês de setembro.
Que ninguém duvide que Giovanna dará saltos cada vez mais altos na carreira. Quem sabe, “Saltos Olímpicos” em um futuro bem próximo? Talento para isto, tem de sobra.